Saúde e Bem Estar VIII :: 18 de outubro 2013

EDITORIAL

Pensar em saúde e bem estar é sempre pensar em qualidade de vida. Tão falada atualmente, por uma sociedade estressada e cheia de compromissos, a busca pela qualidade de vida reúne atitudes simples do dia-a-dia, como uma alimentação mais saudável e balanceada, a prática regular de atividades física e a satisfação pessoal em momentos de descontração e lazer. Mas, tão importante quanto manter-se com o corpo e a mente sã é fundamental buscar ações que garantam a saúde e que são capazes de, quando necessário, diagnosticar problemas a tempo de resolvê-los. E é exatamente sobre prevenção e qualidade de vida que o movimento do Outubro Rosa fala. Porque se, como diz o ditado popular, “ninguém está livre de precisar enfrentar uma doença”, todos temos a possibilidade de cura, desde que, como no caso do câncer e, principalmente no câncer de mama e colo de útero, o diagnóstico seja realizado a tempo que o tratamento seja eficiente e, ainda, menos invasivo.

Com tudo o que se diz, então, a prevenção ainda continua sendo a melhor aposta, ainda mais com todos os avanços tecnológicos atuais e com as opções de acesso a exames e tratamentos que podem elevar consideravelmente as chances de cura e proporcionar um tratamento menos doloroso. No caso do câncer de mama, por exemplo, quando o diagnóstico precoce é realizado as chances de cura são elevadas e, com a cura, a mulher reconquista a qualidade de vida. Com isso e, mais, com todos os argumentos e exposições nos artigos que compõem está publicação, você entenderá que saúde e bem estar, mais do que uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas, está relacionada com a garantia ao acesso a ações que asseguram a integridade do seu corpo através de medidas preventivas e simples, mas que precisam ser integradas urgentemente à prática social de uma população que quer viver com qualidade de vida e tem direito ao acesso à saúde e a tratamentos eficazes.

Ao chegar a sua oitava edição o Caderno Saúde e Bem Estar, uma publicação da Casa Zero Hora de Bagé, veste a camiseta do Outubro Rosa e engaja-se na campanha por acreditar que o acesso à informação é o primeiro passo para a prevenção. Mais e mais mulheres precisam saber que tem direito, assegurado por lei, de realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos e precisam estar atentas aos sinais do seu corpo para garantir um diagnóstico precoce e, assim, uma maior chance de cura. Essa mesma perspectiva vale para qualquer doença, sejam homens ou mulheres, jovens ou idosos, ricos ou pobres. Assim, informe-se nas páginas seguintes, assegure sua saúde e, assim, conquiste uma qualidade de vida plena.

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 RONCO E APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

O ronco e a apnéia obstrutiva do sono são classificados como distúrbios do sono. O ronco é caracterizado como um “barulho” durante o sono, afeta em torno de 20% da população e em pessoas com mais de 60 anos está presente em 60 % nos homens e 40% nas mulheres. Altera a convivência social, muitas pessoas casadas dormem em quartos separados e até mesmo é causa de separações ou com amigos torna a pessoa que ronca alvo de brincadeiras. Em muitos casos o ronco é sinal indicativo de outros problemas, como a apnéia obstrutiva do sono.

Apnéia obstrutiva do sono (AOS) significa bloqueios repetidos completos (apnéia) ou parciais (hipopnéia), das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em redução ou parada respiratória, ocasionando despertares repetidos do sono. Estima-se que 4% da população adulta de meia-idade seja afetada pela Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS). A apnéia obstrutiva do sono é uma condição relativamente sem diagnóstico, sendo reconhecida como um perigo significativo a saúde e,a longo prazo, pode levar a óbito.

As causas principais estão associadas à anatomia craniofacial. O tamanho e posição da mandíbula e maxila, língua e palato mole, pode causar uma diminuição do espaço da via aérea superior e consequentemente apnéia, hipopnéia, além do ronco. A obesidade é reconhecida como fator importante de risco. A gravidade da AOS é medida na quantidade total de apnéia e hipopnéias por hora de sono. Uma AOS leve esta entra 5 e 15, moderada entre 16 e 30, e acima de 30 indicam uma apnéia obstrutiva do sono grave.

As alterações fisiológicas que acompanham cada evento obstrutivo resultam em comorbidadesa longo prazo, por exemplo, hipertensão arterial (pressão alta), morte de origem cardíaca durante o sono, doença coronariana, AVC, diabetes melitos, depressão e glaucoma. A apnéia obstrutiva do sono está relacionada ao prejuízo das funções cognitivas (atenção, memória e aprendizado), irritabilidade, cefaleia ao acordar e ausência de sonhos. A sonolência diurna excessiva é um sintoma importante da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do sono (SAOS), causa falta de energia durante o dia, diminuição da sensação de bem estar, diminuição da libido e do desempenho sexual. Além do que a sonolência aumenta em até 7 vezes o risco de acidentes de trânsito comparando com a população geral, na razão direta da gravidade da apnéia. Os sintomas clínicos que melhor indicam a SAOS são: ronco alto, apnéia presenciada por um parceiro no leito e sonolência diurna excessiva.

Dr. Pedro Moacir Peres Orabe

Cirurgião Buco-Maxilo-Facial

Estomatologista

CRO/RS 11018

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TERAPIA ENDOVASCULAR - SERVIÇO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO

Equipado com máquinas de última geração e médicos especializados, o Serviço de Terapia Endovascular (Serten) preenche uma lacuna na região. Diagnósticos e tratamentos de doenças cardiovasculares, que antes exigiam o deslocamento dos pacientes para cidades como Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, agora podem ser feitos em Bagé. O serviço foi inaugurado há pouco mais de quatro anos e está instalado no Hospital São Sebastião da Santa Casa da Bagé.

A equipe responsável pelo serviço é formada por 11 médicos - especialistas em cardiologia intervencionista, eletrofisiologia, neurorradiologia intervencionista, cirurgia endovascular, cirurgia cardíaca e implante de marcapassos. A equipe médica que realiza os exames possui ampla experiência na área, sendo que a maioria trabalha, também, em hospitais reconhecidos nacionalmente pela sua excelência, como os hospitais São Lucas – PUCRS, Hospital Divina Providência e Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, Hospital Cidade em Passo Fundo e Beneficência Portuguesa em Pelotas.

A instalação desse Serviço de hemodinâmica em Bagé traz um importante avanço na medicina da cidade e da região, possibilitando que os pacientes que necessitem desse tipo de tecnologia possam realizar os exames e procedimentos necessários sem a necessidade de se deslocar a outras cidades. A hemodinâmica permite a realização de uma ampla gama de exames, possibilitando o diagnóstico e o tratamento de qualquer tipo de obstrução arterial, seja nas artérias do coração ou da circulação periférica, através do cateterismo e angioplastias. Os exames são realizados com anestesia local, por intermédio de cateteres, e a recuperação do paciente é muito rápida, possibilitando a alta hospitalar em menos de 24h na grande maioria dos casos.

A hemodinâmica também permite a realização de procedimentos de eletrofisiologia, que é o diagnóstico e o tratamento de arritmias por cateter, além do implante de marcapassos e resincronizadores.  As doenças cardiovasculares são a maior causa de mortalidade no mundo ocidental, e a instalação de um serviço de Hemodinâmica em Bagé, nos permite diagnosticar e tratar rapidamente e com excelentes resultados pacientes com esse tipo de doença. Com a instalação desse serviço, colocamos Bagé em outro patamar no manejo de doenças cardiovasculares.

O serviço mantém todos os convênios e aguardando seu grande objetivo, obter o credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) para poder ampliar o atendimento a toda população.

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O QUE É OUTUBRO ROSA?

Monumentos por todo o Brasil são iluminados de rosa para chamar a atenção para a importância do movimento

De forma bonita, elegante e feminina, o movimento do Outubro Rosa chamou a atenção da sociedade em todo o mundo ao defender uma causa importante: a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer de mama. Simbolicamente prédios começaram a ser iluminados de rosa no mês de outubro e, assim, o movimento ganhou o mundo.Anos após anos, o movimento foi conquistando mais adeptos que dedicam suas falas e argumentos à mulheres de todo o mundo que precisam estar atentas para a importância da realização de exames preventivos como a mamografia e que podem ser fundamentais para um diagnóstico precoce e, consequentemente, para aumentar as chances de cura no caso de um câncer.

Na região, ano a ano é possível visualizar a expansão e o crescimento do movimento o que reflete-se também na saúde das mulheres, que através do acesso a informação sobre a importância da prevenção passam a preocupar-se mais e a cuidar-se.

FOCO NA PREVENÇÃO

Por lei, toda mulher com mais de 40 anos tem direito a realizar a mamografia anualmente

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres e a segunda maior causa de morte, entre elas, em todo o planeta. A investigação árdua, que não costuma desprezar nenhum indício de perigo é a melhor maneira de se proteger contra a doença, já que de acordo com especialistas, quando detectado em sua fase inicial, as chances de cura para o câncer de mama ultrapassam 90%, sem contar que nestes casos o tratamento é menos invasivo e sofrido para as mulheres.

A prevenção é o grande foco do movimento do Outubro Rosa que busca alertar para a importância da realização da mamografia anualmente para todas as mulheres com mais de 40 anos, de acordo com a indicação da Sociedade Brasileira de Mastologia, que também aponta que no Brasil, anualmente somente 30% dos diagnósticos de câncer de mama podem ser considerados precoces, enquanto que em outros países este índice chega a 60% e reflete-se diretamente nas possibilidades de cura e nos índices de mortalidade feminina por câncer de mama.

O médico Mastologista, Mario Mena Kalil, destaca também a importância das mulheres terem consciência que atualmente o autoexame das mamas já não é o método de prevenção mais eficiente, uma vez que quando o nódulo já é perceptível ao toque ele já pode estar em um estágio mais avançado.

“É essencial que todas as mulheres acima de 40 anos se submetam a uma mamografia uma vez por ano. Ela é o principal exame para detectar a doença", destaca.

As jovens com histórico familiar positivo, as mulheres que menstruaram pela primeira vez antes dos 12 ou tiveram menopausa tardia e, por isso, ficaram mais tempo expostas à ação do hormônio estrogênio, as que tomam anticoncepcional ou aquelas que fazem reposição hormonal há mais de cinco anostambém integram o grupo de risco e não devem se descuidar, consultando periodicamente o seu ginecologista que poderá avaliar a necessidade da realização do exame. Em caso de qualquer alteração ser encontrada, torna-se fundamental discutir as possibilidades de intervenção com o médico e, quando os exames flagram de fato um câncer, não se deve perder tempo. Examinar e investigar, portanto, são palavras de ordem para prevenir e, se for o caso, arrancar o mal do peito.

CICLO DE PALESTRAS

Apostando sempre no acesso a informação, as farmácias de manipulação Mistura da Terra de Bagé dedicam seu ciclo de palestras deste mês ao Outubro Rosa. As atividades tiveram início na quarta-feira, dia 16, com a palestra “Qualidade de vida e bem estar ao paciente oncológico” com a psicóloga especialista em Psicooncologia, Orfelina Ricardo. As atividades tem continuidade no dia 23, quarta-feira, com a palestra “Nutrição e Oncologia” com a nutricionista oncológica Tamara Karam. No dia seguinte, 24, a palestra é “Fatores de risco e rastreamento no câncer de mama” com o médico Mário Mena, que é ginecologista e mastologista. Após a palestra haverá uma conversa com a Liga Feminina de Combate ao Câncer. A última palestra deste ciclo acontece dia 30, quarta-feira, com o tema “Prevenção contra o câncer” com o cirurgião oncológico, Dr. Renato Salim. Todas as atividades são gratuitas e acontecem a partir das 14h no auditório da Mistura da Terra, na Av. Sete de Setembro, 1117. Reservas de lugar podem ser realizadas diretamente na farmácia.

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ENFRENTANDO O CÂNCER DE MAMA

Este texto é baseado na minha experiência profissional como psicooncologista no Centro Integrado de Oncologia e Mama (CIOM), em Bagé/RS em atendimento a uma paciente no momento do recebimento do diagnóstico de câncer de mama, com um propósito de trazer reflexões aos leitores.

Em sua consulta de rotina, a paciente com vários exames anteriores em mãos, inclusive a mamografia, realizou uma ecografia mamária e recebeu um assombrado diagnóstico de câncer de mama.

E diante de um câncer se viu enfrentando o momento. Em um primeiro instante ficou fora do ar, sem saber direito o que estava acontecendo. Logo se questionou o porquê de estar acontecendo naquele momento. Sem noção do que poderia acontecer nos próximos meses. Na primeira conversa com o serviço de psicologia ainda estava em choque.

Logo tentou começar a elaborar e reorganizar a situação e agradecer ao médico pela orientação e encaminhamento. “Foi muito bom falar com pessoas que podem entender, nos ajudar e nos encaminhar com tanta precisão e sem perder tempo”, falava a paciente. Nesta primeira conversa a paciente já começou a observar a sua vida e entender que o câncer pode ser derivado da sua postura radical, péssima alimentação, sedentarismo e estresse acumulado diariamente.

Até que ela conclui: “Agora só tenho uma alternativa: enfrentar. Este agora tem que ser meu pensamento. Como a gente se julga bem informada, moderna, inteligente e não entende nada do nosso corpo! O médico me disse que vamos já providenciar um leito para realizar os exames pré-operatórios e vamos operar. Vai dar tudo certo! Aprendi a obedecer e a respeitar a decisão dos médicos desde criança. Estou me sentindo meio atordoada, triste, mas, neste momento, é a minha vida. Nem sei quem vou avisar primeiro, não tenho vontade de alarmar ninguém, mas, nunca desisti de nada, então vou enfrentar o que vier e da melhor forma possível. Fui surpreendida, desculpe, a vontade de chorar é maior e, realmente o choro me aliviou um pouco. Mas tenho que cuidar meus filhos. Tenho disposição para trabalhar. Meu marido é meu companheiro e vai me ajudar, me dando coragem. Então, com orientação médica e psicológica, vou trabalhar minha respiração, me reeducar, me centrar na cirurgia, que vai dar tudo certo! E obedecer e respeitar para viver cada momento sem me angustiar com antecedência sobre o tratamento e o que me reserva ainda. Aguardando cada situação com menos ansiedade. Sei que tenho muita força e agora vou estimular minha fé, junto com toda esta equipe que está pronta para me ajudar. Vou viver momentos com intensidade E sempre que possível me proporcionar e estimular a todos para terem e viverem situações alegres”.

Com tudo isso, nós, mulheres, não podemos esperar por algum sintoma. Vamos nos olhar, vamos nos cuidar, vamos nos amar, vamos nos sentir, vamos nos ouvir, para não evitarmos um diagnóstico fácil, mas de difícil cura, se não for diagnosticado inicialmente.

Orfelina M. B. Ricardo (Neneca)

Psicóloga – CRP/07 – 10587

Especialista em Psicooncologia

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APERFEIÇOAMENTO E QUALIFICAÇÃO À SERVIÇO DA SAÚDE

A cada dia novas tecnologias surgem e avanços são alcançados na mais variadas áreas. Na saúde, não é diferente. Novos tratamentos, procedimentos, exames e maneiras de proporcionar uma melhor qualidade de vida à população surgem diariamente e, com isso, a atualização e o aperfeiçoamento dos profissionais da área se fazem fundamentais. Na região, nos últimos anos, novas tecnologias têm aportado e melhorado o atendimento prestado, principalmente no que diz respeito à prevenção e tratamento do câncer de mama e das cirurgias ginecológicas. Acompanhando este movimento de renovação, os médios da Clínica IMMED tem participado de vários congressos em São Paulo, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e em outros estados buscando maior qualificação e novas ferramentas para potencializar o atendimento e o uso dos serviços à disposição.

A preocupação em manter-se atualizado e preparado para operar com as novas tecnologias visando um diagnóstico mais precoce e objetivando um tratamento adequado é também uma constante no trabalho realizado pela Clínica IMMED que é especializada em Ginecologia, Mastologia, Oncologia Clínica e Pediatria, além de contar com o serviço de Nutrição e ofertar os exames de ultrassonografia e densitometria óssea, com o médico responsável Fernando Gazzoni que possui título de especialização pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. A Clínica dispõe também de todos os convênios e está engajada na campanha do Outubro Rosa.

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PILATES NA ÁGUA

O método Pilates que em solo já ganhou muitos adeptos, agora pode ser também praticado na água. Um dos principais fundamentos do pilates é acionar os músculos do abdômen para a execução dos movimentos. Esse princípio foi mantido na piscina. Afinal, essa região é responsável pelo nosso equilíbrio na água. São 50 exercícios principais que podem ganhar variações e atingir um total de 180. Os exercícios do Water Pilates são basicamente os mesmos do método tradicional, a diferença é que no primeiro são utilizados aparelhos especiais, enquanto que, na piscina, a água, junto com equipamentos aquáticos, auxiliam a execução dos movimentos.

Entre os principais benefícios devem ser citados o aumento da resistência física, alongamento e maior controle corporal, correção postural, aumento da flexibilidade, melhora da coordenação motora, maior mobilidade das articulações, estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue, aumento da concentração e relaxamento.

O pilates na água é um sistema único de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, com sequências de movimentos controlados e precisos, em diversas posições. O método evita sempre o impacto ou pressão sobre músculos, articulações e tecidos.

Ele é indicado para pacientes com artrose, artrite, hérnia de disco, em processo pós-operatório em geral, pós-fratura consolidada e em casos de alterações posturais tais como a escoliose, hiperlordose, cifose, fibromialgia, cervicobraquialgias, dorsalgias, lombalgias, lesões ligamentares, entre outros.

Em Bagé o pilates na água pode ser praticado no Bagé Tênis Clube por sócios e não-sócios. Agende sua aula experimental!

Nilvânia H. Pereira

Fisioterapeuta

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PREVINA-SE CONTRA O CÂNCER DE MAMA

(foto: Diones Alves/Especial)

Uma das questões mais importantes quando o assunto é o câncer de mama ou qualquer outra doença é o diagnóstico precoce. No caso do câncer de mama, os exames preventivos de imagem detectam tumores muito antes de eles serem palpáveis, portanto é muito importante que sejam realizados periodicamente para que lesões com menos de 1,0 cm possam ser detectadas aumentando as chances de cura do câncer para mais de 90%.

O especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem e diretor técnico da Clínica CTSUL, Conrado Tramunt explica que o principal benefício do diagnóstico precoce é descobrir a doença em um estágio inicial, quando ainda é possível um tratamento efetivo.

“Vale ressaltar também que a prevenção periódica auxilia ao compararmos dois ou mais exames anteriores (então sempre deve ser levado o exame anterior para comparação), já que as alterações podem ser muito tênues e difíceis de identificar se tivermos somente um exame, mas comparando com os exames anteriores podemos verificar que houve alteração e que merece uma investigação mais aprofundada”, ressalta.

Então, mulheres atentem-se, o Conselho Federal de Medicina aconselha iniciar a investigação anualmente aos 40 anos, porém os exames devem ser realizados em qualquer idade se houver alguma suspeita clínica (nódulo palpável, secreção mamilar, histórico familiar positivo, etc.). Estes casos específicos serão avaliados por um ginecologista ou mastologista que indicará o exame mais adequado.

Entre os exames disponíveis para o diagnóstico, a mamografia é ainda o principal. Existe também a possibilidade de realização de uma ecografia mamaria que pode ser utilizada tanto como um exame de prevenção quanto para a avaliação de alguma alteração na mamografia, mas nunca deve ser utilizado como método de rastreamento isoladamente. Além disso, tanto a mamografia quanto a ecografia, podem ser utilizadas para guiar biópsias para avaliação se a lesão é benigna ou maligna. Também existem a Ressonância Magnética de mama e a Tomossíntese, porém esses são exames com indicações bem específicas e que não são utilizados com rotina.

Na CTSUL estão a disposição os exames de Mamografia Digital, Ecografia geral e doppler, Tomografia Computadorizada Multislice, Ressonância Magnética e Densitometria Óssea. A área onde o exame de Raio-X é realizado está passando por obras de melhoria na clínica e, por isso, o exame não está sendo realizado momentaneamente. A CTSul mantém ainda convênio com a prefeitura nos exames de Ecografia geral e doppler, Tomografia Computadorizada Multislice e Ressonância Magnética e atende à convênios e particular.

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EQUILÍBRIO NO PILATES

Hipócrates afirma que ”O esforço físico é alimento para os membros e para os músculos, O exercício, do corpo e da alma, é o caminho para a manutenção da saúde, a profilaxia para a manutenção e aperfeiçoamento do equilíbrio natural”.

"Nosso desafio está em reinventar constantemente nossos modos de vida. Harmonia, equilíbrio, saúde...” Quando pensamos ou executamos um gesto por menor que seja sempre o fazemos com equilíbrio de forças agônicas e antagônicas.

Se o pensar é o exercício da alma, daí a necessidade constante de uma dieta adequada, considerando dieta não apenas a organização dos alimentos, mas todo um modo de vida, incluindo as relações humanas e o exercício. Assim, a manutenção da saúde integral - corpo, alma, sociedade e natureza - é encontrada através do equilíbrio, da harmonia do corpo e da mente.

Na modernidade, corpo, alma, natureza e sociedade passam a ser tratados como fenômenos isolados, estudados e abordados de maneira dissociada. O dualismo mente-corpo e o método analítico, a cisão natureza e cultura, a teoria do corpo isolado, o conceito de homem-máquina contribuíram para a formação de uma concepção fragmentada do universo.

Essa concepção reflete-se nas questões humanas, na organização social, nos processos educacionais, no cuidado com a saúde. No que se refere à saúde, o ser humano é cindido, sendo o corpo separado dos demais aspectos, analisado em partes e, nelas, identificadas as possíveis patologias.

O foco torna-se a patologia e a parte do corpo à qual está associada, em detrimento do todo do corpo e das demais dimensões presentes na compreensão integral do ser humano. Com isso, antes dedicava-se muito mais à prevenção, à profilaxia do que à cura, tratando doenças já estabelecidas.

O conhecimento das circunstâncias pesquisa-se o corpo isolado, seccionado, observam-se variáveis, criam-se leis que explicam, por meio de uma suposta relação causa e efeito, sinais e sintomas. O tratamento é generalizado e as características individuais são negligenciadas.

Joseph Pilates, já questionava por que pessoas feridas em guerra morriam em virtude de falta de mobilidade e movimento? Como reverter o quadro patológico das consequências que as sequelas de combate traziam? Estas premissas o faziam pensar e repensar sobre exercícios físicos e movimentos que trouxessem o equilíbrio da saúde. Começou então na sua enfermaria a desenvolver seu método de contrologia, com muitas experiências motoras. Seus princípios foram ao longo de seu trabalho empírico se validando tanto que hoje fazemos e executamos o método como ele o desenvolvia.

O equilíbrio das fibras musculares profundas e superficiais são acionadas sempre que mantivermos a postura para executar os movimentos do Pilates, isto faz com que nosso córtex cerebral se acione associando equilíbrio ao movimento através de nosso sistema piramidal e extrapiramidal, estimulando e desenvolvendo engramas motores novos e também corrigindo e fixando movimentos antigos.

O mecanismo de propriocepção é fortalecido sempre que o equilíbrio é solicitado, isto tem consequência direta na melhoria da marcha, déficit motor e transtornos neuromusculares. O que podemos dizer é que o método de contrologia de Pilates é extremamente bem vindo às patologias de SNC, psicossomáticas, déficit motor e equilíbrio estático e dinâmico.

Referências bibliográficas

HIPÓCRATES. Conhecer, cuidar, amar: o Juramento e outros textos. Apresentada e anotada por Jean Salem. São Paulo: Landy, 2002.

GUATTARI, F. As três ecologias. Campinas: Papirus, 1997.

OMS. Relatório sobre a saúde no mundo: Saúde Mental: nova concepção, nova esperança. 2001. Disponível em http://www.ccs.saude.gov.

Cármen Regina Schimitd Barbosa

Profª Educação Física da Urcamp e Fisioterapeuta da Pilatessatadium, fisioterapia e RPG

CREFITO 16859

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TRATE-SE!

Dos 377 pacientes atendidos pela Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) em Bagé durante o mês de setembro, 42% estavam em tratamento do câncer de mama, destes dois terços são casos detectados inicialmente. Os dados fornecidos pelo médico Dionísio Becker, oncologista e radioterapeuta responsável pelo Unacon apontam uma mudança no cenário local, que de acordo com ele, começou a ganhar novos rumos nos últimos três anos quando ações de informação e conscientização começaram a ser realizadas na região.

“Ainda recebemos casos de pessoas que escondem da família a doença, que tem medo do diagnóstico e por isso postergam a ida ao médico, mas estamos vendo este quadro mudar e isto está refletido nos números de atendimentos de pacientes em estágio inicial da doença. Este início de mudança é uma grande vitória para todos que esforçam-se para levar informação e também para todas as mulheres que tem a possibilidade de um tratamento mais efetivo com ótimas chances de cura”.

E, se antes, nomes como oncologia, câncer, radioterapia, quimioterapia e outros assustavam e eram quase uma sentença de morte, hoje os paradigmas estão mudando:

“O acesso à informação mais a certeza de portas abertas para o tratamento e acompanhamento médico fazem a diferença. Além disso, atualmente está acontecendo uma desmistificação sobre o câncer e as pessoas estão compreendendo que ele é curável, basta que o diagnóstico aconteça o mais breve possível”, alerta Dionísio.

ATENDIMENTO

Através do Sistema Único de Saúde (SUS) toda mulher tem acesso a atendimento especializado e de qualidade quando tem diagnosticado o câncer de mama e de colo de útero. As atividades estão centradas no Centro Integrado de Oncologia e Mama (Ciom), que atende em anexo a Santa Casa de Caridade de Bagé. O centro atende às cidades de Bagé, Dom Pedrito, Lavras do Sul,Aceguá, Hulha Negra e Candiota, com uma equipe interdisciplinar composta médicos oncologistas, mastologista, ginecologista, enfermeiros, psicóloga, nutricionista e fisioterapeuta para dar todo o suporte necessário durante a realização do diagnóstico e de todo o tratamento.

Mensalmente, são mais de dois mil atendimentos, 400 ecografias mamárias e mamografias realizados em equipamentos de ponta pelo SUS. E, em breve, Bagé será o primeiro município do Brasil a ofertar ressonância magnética mamária pelo SUS, agregando mais um importante serviço ao CIOM. O coordenador do Centro, o médico Mario Mena Kalil, ressaltou que existe uma força-tarefa para mudança da realidade do câncer de mama na região e que o Ciom transformou a realidade de exames na cidade.

“Atualmente não temos nenhuma demanda reprimida de exames e atendimentos e, graças aos investimentos realizados pela Dona ZuleikaTorrealba, temos uma estrutura completa a disposição da população para um atendimento especial e de qualidade. A legislação diz que o prazo máximo para o início do tratamento de câncer é de 60 dias, mas em Bagé conseguimos diminuir esse tempo para 30 dias, o que é muito importante e reflete-se diretamente nas chances de sucesso”.

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 A  IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA

                                                                                              

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente na população e o mais comum entre as mulheres. Até o final deste ano, estima-se o surgimento de 52.680 novos casos de neoplasia mamária, números que abarcam tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Após os 35 anos, a incidência do câncer de mama cresce rapidamente, porém, antes desta faixa etária, o diagnóstico é mais raro. São considerados como fatores de risco: hereditariedade, consumo de álcool, dieta altamente calórica, menstruação precoce e menopausa tardia, reposição hormonal, primeira gravidez após os 30 anos, etc.

O melhor exame para diagnosticar o câncer da mama na fase inicial é a mamografia. A Lei 11.664, de 2008, estabelece que todas as mulheres têm direito a mamografia a partir dos 40 anos. No Brasil, preconiza-se que as pacientes com mais de 40 precisam realizá-la uma vez ao ano. Aquelas que têm história familiar positiva já devem, aos 35 anos, procurar o seu ginecologista para avaliar a possibilidade de submeterem-se ao exame, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Há pré-requisitos essenciais para que o exame obtenha um bom resultado, dentre eles estão: a qualidade do método, com destaque para a Mamografia Digital, e o médico devidamente habilitado para emitir os laudos. O Colégio Brasileiro de Radiologia, através da sua Comissão de Qualificação em Mamografia, fornece um Selo de Qualidade. Este Selo denota que as mamografias realizadas no serviço aprovado apresentam um padrão de excelência, de acordo com o CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) e Sociedade Brasileira de Mastologia.

A mamografia deve ser executada por um Técnico de Radiologia e o laudo será de responsabilidade do Médico Radiologista. O exame proporciona uma visão geral da mama, sendo fundamental para a visualização de microcalcificações, assimetrias e lesões nodulares. Em certos casos, as imagens apresentam características inespecíficas. Diante de tais circunstâncias, há a possibilidade de se utilizar outros métodos, sendo a ultrassonografia e a ressonância magnética as principais escolhas.

(MD) Dra. Alice G. de Araujo Salis

Médica Radiologista – CREMERS 29.688

Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia

Sócia-Proprietária das Clínicas Dimagem e DiRad -Bagé

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Ansiedade e Estresse

A correria do dia-a-dia está transformando a sociedade. Hoje as famílias já não possuem mais tempo para a convivência, o trabalho ocupa cada vez mais espaço na rotina e as opções de lazer e diversão são sempre deixadas em segundo plano. E, como resultado de tantas mudanças, temos uma sociedade adoecida, com doenças que anos atrás eram tidas como tabus, mas que hoje fazem parte da nossa realidade.

Há anos atrás não se usava a palavra “estresse” para descrever a ansiedade. Desde então nas décadas subsequentes, graças a novos estilos de vida, o estresse tornou-se uma das maiores queixas psicológicas de nossa sociedade e um dos maiores fatores de problemas de saúde. E o que parecia um problema distante e inofensivo, apresentou-se para muitos como causador de sérios problemas de saúde, aumentando a probabilidade de derrames, doenças do coração, hipertensão e outras enfermidades.

Vive-se em uma era da ansiedade. Com tantas dificuldades de relacionamento, consumismo descontrolado, desemprego, competição, violência e muitos outros agentes que estressam, é praticamente impossível não ser contaminado por este problema psíquico. Mas, também não podemos esquecer que existem pessoas que são exceções a esta regra por conseguirem manter a sua vida e a mente em ordem.

Por outro lado, a ansiedade também pode trazer alguns benefícios, já que faz parte de um conjunto de respostas naturais que o organismo dá diante da realidade. O problema surge no momento em que está emoção se manifesta sem motivos aparentes ou reais, ou mesmo quando a ansiedade ocorre de maneira desproporcional ao estímulo que a originou.

Os sintomas psicológicos como medos irracionais, sentimentos exagerados de irritação, choque entre exigências e mania de perfeição, além de outros sintomas destrutivos, indicam que não estamos bem e que é chegada a hora de buscar ajuda profissional. Uma avaliação é fundamental para que não se trate não somente os sintomas físicos, mas também as causas emocionais que geram a ansiedade. E, neste contexto, a terapia cognitiva comportamental é considerada a forma de psicoterapia mais efetiva para o tratamento da ansiedade, obtendo excelentes resultados.

Com tudo isso, o que se percebe é que as mudanças no estilo de vida da sociedade moderna são inevitáveis, mas que buscar formas de viver melhor se faz necessário e muito importante para evitar a ansiedade e o estresse que, podem resultar em problemas ainda maiores.

Cármen Regina Silveira Fara

Psicoterapia

CRP 07/11105

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AÇÕES DO OUTUBRO ROSA EM TODA A REGIÃO

Definitivamente o Outubro Rosa ganhou as ruas das cidades da região e, com isso, os municípios de Bagé, Dom Pedrito, Lavras do Sul,Aceguá, Hulha Negra e Candiota realizam neste final de semana atividades alusivas ao movimento.

Bagé

Durante todo o dia de amanhã, o CIOM estará recebendo mulheres interessadas em atendimento e mais informações a respeito do câncer de mama e de colo de útero. No mesmo dia, às 18h, no Da Maya Espaço Cultural, acontece mais uma edição do projeto “Conversas de Jardim”, com o coordenado do CIOM, Mario Mena Kalil que deverá apresentar o trabalho que está sendo desenvolvido e as perspectivas de trabalho. Haverá também a participação da artista plástica Alice Benvenuti, sobre a sua experiência após a mastectomia.

Aceguá

Aceguá também está engajada na campanha do Outubro Rosa. De acordo com a responsável pelo setor de tratamento fora do domicilio da Secretaria de Saúde, Estel Lucas, a expectativa é de realizar um evento bastante atrativo para buscar a conscientização das mulheres do município através da distribuição de material informativo, além disso haverá a realização de atividades físicas na praça dia 19 com dinâmicas e caminhada.

A programação tem início hoje, dia 18, a partir das 14h com o lançamento do Outubro Rosa na cidade. Amanhã, dia 19, as atividades iniciam às 13h com a divulgação e conscientização do Movimento na festa da Primavera da Escola Pioneira com a presença de uma unidade móvel de saúde. Às 14h a atividades acontece na praça central de Aceguá com a presença de uma unidade móvel de saúde.

Dom Pedrito

A campanha do Outubro Rosa já teve início em Dom Pedrito com a colocação de faixas educativas pela cidade e com a realização de palestras informativas no posto de saúde do município. No sábado, dia 19, de acordo com a enfermeira responsável pela saúde da mulher em Dom Pedrito, RodineiaPadoin, serão realizados atendimentos e exames preventivos no posto de saúde, além da distribuição de folhetos informativos durante todo o dia. Antes, dia 17 às 18h uma caminhada até a praça central foi realizada em parceria com a Liga Feminina de Combate ao Câncer buscando realizar um chamamento à população para a campanha.

Lavras do Sul

Desde o dia 02 de outubro até hoje, dia 18, os postos de saúde de Lavras do Sul estão recebendo as mulheres para a realização de exames de palpação de mamas, orientação e no posto central também está sendo realizado a coleta de material para a realização do exame preventivo de câncer de colo de útero. E, amanhã, dia 19, a enfermeira da Secretaria de Saúde Dayse Dailla conta que uma série de atividades serão realizadas das 8h às 17h com palestras informativas, realização de exames, conversas com usuárias do sistema que já enfrentaram o câncer e distribuição de botons de rosas brancas e vermelhas e lencinhos alusivos à campanha.

“Trabalhamos o ano todo buscando a conscientização das mulheres para a realização dos exames, mas com essas ações queremos atingir alguma mulher que ainda não saiba da importância de se cuidar. Queremos sensibilizar o maior número possível de pessoas”.

PREVENÇÃO AO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Se no câncer de mama o foco é no diagnóstico precoce, para o câncer de colo de útero existe a possibilidade de prevenção. O médico ginecologista Paulo Costa conta que o vírus do papiloma humano (HPV) é responsável por 95% dos casos de câncer de colo de útero no Brasil. A boa notícia é que o Ministério da Saúde decidiu ampliar a faixa etária das meninas que podem receber a vacinação contra o HPV. A parti de 2014, meninas de nove a 11 anos terão acesso a imunização através da rede pública. Também pensando em frear a expansão do HPV entre as mulheres, ações conjuntas com o CIOM estão sendo planejadas para 2014 na região.

“Vamos investir em condutas de prevenção. Temos que mostrar às pessoas que se prevenir é uma das maneiras mais simples de cuidar da sua saúde e o câncer de colo de útero é previnível. Além disso, é importante destacar a importância da realização frequente de exames preventivos e da ida ao ginecologista”.

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O PAPEL DO NUTRICIONISTA :

DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO DO CÂNCER

Sabe-se hoje em dia que o câncer está entre as maiores causas de mortalidade no mundo, perdendo apenas para doenças cardiológicas. Entre os vários fatores que favorecem o desenvolvimento do câncer, podemos citar como principais: predisposição genética (casos na família), hábitos alimentares, estilo de vida e condições ambientais. Todos estes fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença.

O acompanhamento com Nutricionista especializado na área torna-se hoje uma ferramenta fundamental tanto na prevenção, como também durante e pós tratamento da doença.

A desnutrição protéico-calórica é frequentemente diagnosticada em pacientes portadores de câncer. Pequenas perdas de peso antes da terapia podem comprometer o estado nutricional do paciente. Por isto, a importância de uma avaliação nutricional antecipada e uma medida de intervenção preventiva tornam-se fundamentais.

O acompanhamento nutricional é importante na prevenção e tratamento da desnutrição e exercem papel importante no cuidado nutricional de pacientes com câncer.

Nutrição e prevenção: quando nos referimos à prevenção falamos em diminuir os riscos de desenvolvimento do câncer por: hábitos alimentares incorretos; retirada precoce de possíveis substâncias com potencial carcinogênico contidos em determinados alimentos e preparações; orientação de dietas com alimentos que contenham nutrientes ou compostos com potencial fator de proteção já comprovados pela literatura científica médica.

Nutrição durante o tratamento da doença: o organismo do paciente oncológico precisa de alimentação realmente saudável e livre de carcinogênicos adicionais, seja devido ao preparo ou fabricação, buscando-se então uma dieta adequada rica em frutas, vegetais, proteínas, evitando as gorduras ¨do mal¨, saturadas e trans (sua ingestão faz com que haja uma formação maior de hormônios femininos, que podem vir a acarretar o câncer de mama).

Com tudo isso, durante o tratamento da doença o papel do Nutricionista é fundamental por: manter e recuperar um adequado estado nutricional do paciente para minimizar possíveis efeitos adversos da quimioterapia e radioterapia; prever e planejar um suporte nutricional adequado para possível perda de peso tanto no paciente cirúrgico como em tratamento mais conservador e orientar os pacientes sobre quais os melhores alimentos para cada fase do tratamento da doença.

Alimentando-se corretamente o paciente irá se sentir melhor e mais forte, além de manter ou recuperar o peso, tolerar melhor os tratamentos e os efeitos colaterais, diminuir o risco de infecção e melhorar a cicatrização.

A terapia nutricional para pacientes com câncer deve ser realizada de forma individualizada, levando-se em consideração, suas necessidades nutricionais, restrições dietéticas, tolerância, estado clínico, e efeitos colaterais esperados.  Devendo ser instituída tão logo seja diagnosticada a doença para prevenir a perda de peso e a desnutrição.

A escolha da estratégia nutricional pode variar desde a orientação nutricional nos primeiros estágios preventivos do diagnóstico, até a implementação de nutrição enteral (por sonda) em pacientes que não sejam capazes de suprir suas necessidades por via oral.

Nutrição pós-tratamento da doença: Aproximadamente 1/3 das pacientes com câncer de mama ganham mais do que 5 kg com o tratamento. Após o tratamento, o melhor a fazer é procurar mudar os hábitos alimentares que estão inadequados, através de uma reeducação alimentar e atividade física regular de acordo com a sua tolerância. Seguindo uma alimentação saudável, equilibrada, de baixas calorias, fácil de fazer e adequada ao seu estilo de vida, a maior parte das pessoas conseguem perder peso com segurança e de maneira simples, estabelecendo padrões saudáveis de alimentação para a vida inteira. Cada tipo de câncer terá um acompanhamento nutricional diferenciado no pós-tratamento da doença.

Palavra do Especialista

João Luis Ricalde Gervasio - Nutricionista 

Pós Graduando em Nutrição Oncológica/Hospital Moinhos de Vento /POA

Os bons hábitos alimentares são essenciais tanto para a prevenção quanto para o tratamento oncológico.  Uma alimentação equilibrada associada a um estilo de vida saudável pode reduzir a incidência de casos de câncer. "A qualidade da alimentação é sinônimo de qualidade de vida."

A alimentação adequada não só previne como também é essencial ao paciente oncológico em todas as fases da doença. O paciente pode ganhar ou perder peso, dependendo da modalidade de tratamento utilizada, e um acompanhamento nutricional especializado é necessário.

Ao adotar hábitos alimentares saudáveis, o paciente, mantendo um peso corporal adequado e reservas de nutrientes, pode se recuperar mais rapidamente e manter uma boa integridade física durante o tratamento. Ninguém aqui está falando para abandonar a pizza do final de semana e o salgadinho das festas de família. Mas com equilíbrio e moderação (e isto vale para todos os hábitos na vida), a máquina do corpo humano funciona com muito mais eficiência.

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CIRURGIA VAGINAL

Nos tempos modernos, onde o tempo é precioso, a cirurgia por via vaginal se constitui em um acesso minimamente invasivo para a realização de cirurgias ginecológicas, que propicia à mulher uma recuperação bem mais rápida e mais confortável, em relação aos procedimentos laparotômicos, por via abdominal. Em alguns casos, os procedimentos por via vaginal necessitam de uma complementação por via videolaparoscópica, que devido aos avanços da técnica vaginal, é cada vez menos comum, mas que também se constitui em um acesso minimamente invasivo, porém de maior custo e com tempo cirúrgico mais prolongado. Outros benefícios da cirurgia vaginal são a estética corporal, já que não ficam cicatrizes aparentes, pequeno uso de anestésicos, menor manipulação das alças intestinais, permitindo menos tempo de jejum no pós operatório, menor índice de aderências e pequenas chances de complicações. O curto tempo cirúrgico é um grande benefício para as mulheres mais idosas e para aquelas com patologias sistêmicas, como diabéticas, hipertensas, cardiopatas, entre outras.

Dentre as cirurgias vaginais podemos citar a histerectomia vaginal (retirada do útero), que atualmente podem ser realizadas em pacientes com úteros até maiores que 1 kg e com diversas cesáreas prévias, graças ao aprimoramento da técnica e a melhora do instrumental. Também as clássicas cirurgias de correção da incontinência urinária e dos prolapsos genitais, chamadas perineoplastias (bexiga caída, retocele, prolapso uterino e de cúpula vaginal). Atualmente, para a correção de tais patologias, está em vigência o uso de telas sintéticas, com algumas características singulares como o seu uso, que permite cirurgias bem menos agressivas, com menos incisões na mucosa vaginal e recuperação mais rápida. A seleção das pacientes que podem se beneficiar de um tipo ou outro de técnica cirúrgica é de fundamental importância.

As complicações da cirurgia vaginal são pouco frequentes, porém não estão descartadas, podendo acontecer o sangramento, a lesão de bexiga e de reto, a ligadura de ureter, a infecção, o hematoma, a incontinência ou retenção urinária, e o granuloma de cúpula, todas passíveis de sucesso na correção desde que diagnosticadas precocemente. Com relação ao uso das telas, as complicações mais temidas são a dor, e sua rejeição, o que tem sido menos frequente devido à melhora na qualidade do material de que são feitas.

Dr. Leonardo Souza Fernandes

Ginecologista – Cirurgia Ginecológica

Ultrassonografia em G.O. – Colégio Brasileiro de Radiologia/AMB

CREMERS 23310 – TEGO 013/05

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QUALIDADE DE VIDA  X  MORRER BEM

O envelhecimento populacional mundial é um fato e vem ocasionando uma mudança considerável no perfil epidemiológico das doenças crônicas. A perspectiva é de um aumento ainda maior nos próximos anos do número de enfermidades, tais como demências e neoplasias, levando a um maior número de pessoas idosas com perda de qualidade de vida e com variados graus de dependência.

Os Cuidados Paliativos vieram para ocupar um lugar definitivo na assistência à saúde no mundo e, não diferentemente, no Brasil. A prática, que consiste numa série de ações coordenadas e integradas, realizadas por uma equipe multidisciplinar, promove não apenas o conforto e o bem-estar da pessoa que adoece, mas a compressão do processo saúde-doença e o exercício da autonomia em todas as fases do adoecer.

Estudos alertam para a fraca consideração por parte dos médicos às preferências dos pacientes com doença terminal com relação ao seu tratamento. Neste contexto, a comunicação costuma ser falha entre médicos e os familiares do paciente, agravando ainda mais o sofrimento e desfavorecendo a decisão pela conduta mais apropriada.

Quem ousa perguntar ao seu paciente idoso quais as suas preferências? Caso que merece reflexão foi o relato de um médico, ao afirmar que seu paciente centenário e lúcido, portador de uma doença grave, diante de qualquer intercorrência clínica, seria submetido a todas as intervenções que estivesse ao seu alcance para salvar sua vida. Quando questionado se ele havia perguntado para o paciente, centenário e lúcido, como ele pretendia encerrar a sua longa jornada de vida, as resposta foi silenciosa.

Negada aos doentes e delegada aos hospitais, a “morte moderna” ocorre de modo paradigmático nos lugares que conhecemos como CTIs, UTIs... e é neste âmbito que surgem os paliativistas procurando, de um lado, devolvê-la ao calor do espaço familiar, onde, segundo se acredita, ela ocorria antes da Modernidade. Buscam, de outro, colocá-la sistematicamente em discurso, não apenas contando a verdade aos moribundos, mas procurando fazer com que, através da morte, eles encontrem a sua própria verdade, dando sentido as sua vidas.

E, como diz a letra de uma música de Baden Powell (Refém da Solidão) finalizo com uma reflexão... “a morte é a vida que se quer.”.

Alice Weykamp da Cruz Fernandes

Médica – CREMERS 28775