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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CAPA

- Três gerações em torno de uma só profissão

“AMA A TUA PROFISSÃO - Trata de conceber a advocacia de tal maneira que no dia em que teu filho te pedir conselhos sobre seu destino ou futuro, consideres um honra para ti propor-lhe que se faça advogado.”

Quando o uruguaio Eduardo Juan Couture lançou os dez mandamentos de uma das mais tradicionais profissões, a advocacia, usou o último traduzir um costume muito comum: gerações e mais gerações de advogados na mesma família.

Na semana em que se comemora o Dia do Advogado, 11 de agosto, exemplos de famílias tomadas pelo gosto pelo Direito não faltam. São avôs, avós, pais, mães, filhos, netos, sobrinhos, todos envolvidos em meio a códigos penais e civis e que compartilham o mesmo gosto pela justiça.

Na casa da família Quintana, a tradição de advogados já perpassa três gerações. E onde, anos atrás, foi o escritório do avó, hoje, é o local de trabalho do neto. Tudo começou com Justino Costa Quintana que se formou Bacharel em Direito em 1952 em Porto Alegre. Lá, exerceu a profissão até entrar na vida política, quando foi Vice-Prefeito, Deputado e Secretário de Educação.

Retornou a Bagé em 1964 e passou a trabalhar no escritório onde anos mais tarde seria o local escolhido para o seu neto, João Pedro Gonçalves Quintana, para iniciar sua vida profissional. Antes de João Pedro, seu pai, Justino Feltrin Quintana formou-se, em 1980, na antiga FunBa (Faculdades Unidas de Bagé) e trabalhou junto com o pai até o seu falecimento em maio de 1989.

“Ele trabalhou até a morte. Eu cresci neste meio, então quando chegou a hora de escolher a minha profissão, optar pelo direito foi natural. Ser advogado foi o que eu sempre quis”, conta Justino.

E quando os seus filhos, João Pedro e Júlia, decidiram seguir a mesma carreira, Justino conta que deu a liberdade e informação suficientes para que eles decidissem o seu futuro. Agora, como os dois formados em Direito, é João Pedro quem leva adiante o escritório da família, enquanto isso Júlia estuda para concursos.

“Eu me lembro de passar a tarde no escritório com o meu avô, brincando com os livros dele e com a máquina de escrever. Quando entrei para a advocacia, sempre quis exercer a profissão de advogado, já a minha irmã preferiu seguir a carreira pública”, conta João Pedro.

Atualmente Justino trabalha na Procuradoria Jurídica da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) e quem esta a frente do escritório é João Pedro, que esta semana completa um ano de posse da sua carteira da OAB, o que lhe permite exercer a profissão.

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